Dúvidas frequentes

Esclareça suas dúvidas masi frequentes sobre a Bengala 4.0.

1. Perguntas Gerais

Sim, a bengala Passo certo é feita de alumínio resistente e possui 9 regulagens de modo a se adaptar às diversas alturas dos pacientes. Além disso seu uso é bastante simples e seguro.

Claro! A Bengala 4.0 da Passo Certo é feita em material resistente e possui um sensor interno que interrompe automaticamente o feixe laser caso seja direcionado acima de 80º, mas é preciso lembrar que ela não é um brinquedo e que não deve ser deixada com crianças sem supervisão de um adulto ou direcionada para os olhos de pessoas e animais ou superfícies reflexivas como espelhos e metais polidos.

É possível regular a altura, direção do laser e distância entre os focos. Toda bengala Passo Certo vem acompanhada de um Manual do Equipamento em linguagem simples e acessível e no site você encontra um vídeo tutorial de como ajustar todos os parâmetros.

A Bengala 4.0 é um equipamento bastante versátil e permite realizar uma série de exercícios para melhorar a percepção corporal, destreza, força muscular e o equilíbrio da pessoa em aprendizagem, reabilitação ou manutenção da marcha funcional como por exemplo:

  • Andar em linha reta para frente, para trás e para os lados;

  • Dar uma passada completa e contínua;

  • Andar com um pé na frente do outro em linha reta;

  • Cruzar as pernas uma à frente da outra, com ou sem o uso de carga;

  • Elevar a perna à frente, atrás ou para os lados, com ou sem o uso de carga;

  • Ultrapassar obstáculos virtuais;

  • Andar mantendo a distância correta entre os pés e alinhamento com os feixes luminosos;

  • Realizar movimento de pêndulo com uma perna de cada vez

Outras opções podem ser desenvolvidas pelo fisioterapeuta responsável

Para que possamos caminhar normalmente e com o menor esforço possível é necessário que pernas e pés estejam em posição correta e se movam de maneira adequada e organizada. No caso de doenças neuromotoras, os estímulos de cérebro em relação ao comportamento dos músculos não são transmitidos da maneira ideal causando diversas alterações, muitas delas características de cada situação. Da mesma maneira, um paciente que sofreu uma cirurgia ortopédica, passando ou não a utilizar órteses e próteses, pode precisar reabilitar a marcha funcional para readquirir ou melhorar sua autonomia.

A Bengala 4.0 é um equipamento para treino e manutenção da marcha e é necessário que a pessoa tenha um nível de compreensão mínimo para entender seu funcionamento e seguir as instruções dadas pelo fisioterapeuta ou outro profissional de saúde que esteja acompanhando o caso. É importante frisar que a Bengala 4.0 não é um brinquedo e crianças precisam estar acompanhadas por um adulto responsável durante seu uso.

2. Perguntas sobre Parkinson

Sim! A bengala foi desenvolvida para tirar o paciente de Parkinson do estado de congelamento da marcha (freezing). Graças ao feixe de luz, o paciente recebe um estímulo visual que aciona mecanismos no cérebro e restabelece o movimento normal ao ultrapassar um obstáculo virtual e seguro. Esses feixes laser projetados no chão fornecem uma referência importante para que a pessoa consiga manter uma distância maior e mais regular entre os passos, que é outra dificuldade do parkinsoniano.

Por último, o estímulo visual estimula partes do cérebro que também são afetadas pela doença, auxiliando na terapia cognitiva.

Quando a pessoa desenvolve a Doença de Parkinson uma parte do cérebro começa a se deteriorar e essa parte é justamente aonde é fabricada a dopamina, uma substância que auxilia a comunicação entre o cérebro e os músculos. A produção de uma outra substância importante para o funcionamento correto dos músculos, a acetilcolina, também é alterada e o corpo perde a capacidade de utilizar corretamente essas duas substâncias, desperdiçando uma e utilizando demais a outra. Como se isso não bastasse, a Doença de Parkinson afeta uma parte do cérebro que guarda tudo o que precisamos saber para fazer movimentos automáticos.

Quando somos bebês temos que aprender tudo a partir do zero, mas com a prática não precisamos mais pensar em como fazer cada um desses movimentos. Essa aprendizagem continua por toda vida cada vez que aprendemos e praticamos algo novo: usar uma ferramenta, dançar, escrever, dirigir etc.

Ora, se a parte que guarda o manual de instruções dos movimentos estraga acabamos confundindo como se faz as coisas e, pior, não conseguimos mais escrever instruções novas!

Não é que a pessoa não saiba mais fazer essas coisas, é que não vai dar mais pra fazer as coisas sem pensar, ela vai precisar prestar atenção todo o tempo como se estivesse começando a aprender agora e muitas vezes pode até mesmo não conseguir fazer aquilo que deseja porque o cérebro não conseguiu encontrar as instruções necessárias.

Quando usamos a visão durante o ato de caminhar prestamos mais atenção ao que estamos fazendo e evitamos, no cérebro, o caminho dos movimentos automáticos, que está comprometido. Dessa maneira os passos voltam a ter um tamanho adequado, o pé se eleva mais e até o equilíbrio melhora. Além disso, o simples fato de ver a projeção do laser no chão e tentar pisar ou passar sobre o traço ajuda a interromper o congelamento da marcha, que impede a pessoa de andar como se ela estivesse colada no chão.

Uma coisa boa que acontece e que poucos sabem é que ao andar prestando atenção no feixe de luz estimulamos áreas do cérebro que também são comprometidas pela doença e que são responsáveis por atividades chamadas cognitivas, ajudando assim a preservar melhor essas funções. Explicamos anteriormente que a aprendizagem fica comprometida na Doença de Parkinson e é por isso que os treinos feitos na fisioterapia com fitas adesivas ou desenhos no chão deixam de funcionar pouco tempo depois. Como a Bengala 4.0 pode ser levada para qualquer lugar e utilizada em ambientes fechados ou abertos a pessoa se sente mais segura e passa a ter mais autonomia e qualidade de vida.

Até este momento não existe cura para a Doença de Parkinson, que é progressiva e compromete cada vez mais as funções motoras e cognitivas da pessoa. Assim, a Bengala 4.0 vai acompanhá-la por bastante tempo e auxiliando a manter um caminhar mais equilibrado, com passos de tamanho adequado e ajudando a interromper os episódios de congelamento.

O uso da Bengala 4.0 não tem um limite de horas diárias, permitindo uma maior mobilidade e autonomia da pessoa com Doença de Parkinson nos estágios inicial e intermediário da doença.

3. Perguntas sobre AVC - Acidentes Vasculares Cerebral

Sempre que o paciente de AVE se encontrar apto a caminhar com auxílio de bengala ou apenas uma muleta a bengala Passo Certo poderá ser utilizada como auxílio no treino da marcha funcional, manutenção da passada completa e realização de exercícios de equilíbrio e força.

Um AVC (Acidente Vascular Cerebral) pode acontecer por dois motivos: ou uma veia no cérebro entope, o sangue para de chegar e ocorre uma isquemia, que causa a morte das células daquela parte ou uma veia estoura e o sangue vaza, se transforma em uma substância tóxica e causa a morte das células daquela parte.

Em qualquer um dos dois tipos de AVC, isquêmico ou hemorrágico, vai ocorrer morte de neurônios em maior ou menor grau dependendo do tempo que a pessoa levou para ser atendida e o AVC controlado.

As sequelas do AVC vão variar de acordo com o local e o tamanho da lesão sendo muito comum que a pessoa precise fazer fisioterapia para voltar a andar. Também é muito importante que comece o mais rápido possível, assim que o médico liberar. Sabe o porquê?

O nosso cérebro tem a capacidade de criar novos caminhos para mandar informações quando os caminhos antigos foram danificados, isso se chama plasticidade, dependendo do tamanho, local da lesão, do tipo de função que foi prejudicada e de ter começado os tratamentos cedo é possível se recuperar bastante e voltar a ter uma vida normal.

A partir do momento em que a pessoa consegue andar com o auxílio de uma bengala, a projeção dos feixes de luz da Bengala 4.0 cria um alvo para que ela reaprenda a dar passos do mesmo tamanho e até mesmo treine ultrapassar obstáculos sem risco de tropeçar em algo

Por poder ser levada para qualquer lugar e utilizada em ambientes fechados ou abertos a Bengala 4.0 dá mais segurança, autonomia e qualidade de vida durante o período de reabilitação.

Além disso ela possibilita um maior tempo de treino pois a pessoa não precisa estar no consultório de fisioterapia para continuar a praticar a caminhada de maneira segura.

Vai depender do ritmo de recuperação de cada pessoa. O ideal é que com o tempo ela deixe de usar a bengala e passe a andar sozinha.

4. Perguntas sobre Paralisia Cerebral

Desde que o paciente com PC seja capaz de compreender o funcionamento e necessite apenas de um dispositivo auxiliar para equilíbrio lateral a Bengala 4.0 pode ser utilizada tanto no treinamento de marcha quanto na manutenção da mesma pois projeta alvos no chão com ajustes de distância personalizada, auxiliando a projeção dos membros inferiores de maneira mais uniforme e funcional.

A Paralisia Cerebral normalmente ocorre por uma falta de oxigenação no cérebro antes, durante e até mesmo depois do parto. Neste momento o cérebro ainda está imaturo e a falta de oxigênio e até mesmo algumas doenças podem causar danos irreversíveis, por isso é tão importante um bom acompanhamento pré-natal. Embora grave a Paralisia Cerebral não piora a menos que aconteça algo inesperado, como AVCs e crises de epilepsia.

A Paralisia Cerebral pode afetar os membros de um dos dois lados do corpo, com mesmo ou maior grau nas pernas que nos braços e esse comprometimento pode ser classificado como plegia quando não há qualquer controle motor do membro ou paresia quando há controle parcial deste membro.

A Bengala pode ser utilizada por crianças que apresentam Hemi ou Biparesia e que possuam tônus muscular suficiente para andar com apenas uma bengala. Nestes casos, a projeção dos feixes de luz da Bengala 4.0 oferece um alvo que pode ser utilizado em qualquer superfície, em ambientes fechados ou abertos e que aumentam o tempo de treino de marcha da criança, condição essencial para seu desenvolvimento. Essa característica pode ser aproveitada para transformar o treino em uma brincadeira ou um passeio e criar um maior interesse da criança.

Como a direção dos feixes de luz pode ser alterada, o fisioterapeuta pode trabalhar o tamanho do passo, passar por cima de um obstáculo, o posicionamento dos pés, andar em linha reta entre outras possibilidades

Cada caso é um caso e vai depender do tamanho e gravidade da lesão, da presença ou não de deformidades, espasticidade, encurtamentos e força dos músculos envolvidos além do equilíbrio.

O ideal é que a criança seja diagnosticada o mais cedo possível para iniciar o tratamento multidisciplinar necessário e com o tempo se torne cada vez mais autônoma nas atividades diárias.

5. Perguntas sobre Envelhecimento

Quando a pessoa envelhece os músculos ficam mais fracos, ela já não possui o mesmo equilíbrio de antes e a visão também fica prejudicada. Com isso o simples ato de caminhar pode ser visto como uma dificuldade e até mesmo um risco para sua segurança.

A Bengala 4.0 aumenta o equilíbrio do idoso e cria uma referência de distância ideal entre um pé e outro a cada passo. Isso dá mais autonomia e disposição para algo muito importante em qualquer idade: manter-se ativo sem deixar a segurança de lado.

Depende de cada situação e de cada pessoa. O uso da Bengala 4.0 é bem mais eficaz quando acompanhado por um fisioterapeuta, que irá identificar e tratar fraquezas musculares e desequilíbrios para que o idoso seja cada vez mais independente.

Além disso, seguir um programa de exercícios orientado por profissionais capacitados, manter uma alimentação saudável e a mente ativa é o primeiro passo para uma velhice saudável e por isso é tão importante que o idoso possa contar com uma rede de apoio para melhorar e prolongar sua autonomia.

6. Perguntas sobre cirurgias ortopédicas, colocação de próteses, amputações e imobilizações prolongadas

Todas as vezes que realizamos intervenções nos membros inferiores (pernas e pés) ou quadril o corpo pode ter dificuldades em reaprender a andar como fazia antes

Amputações e próteses mudam completamente as sensações e o equilíbrio mas não são as únicas causas das dificuldades que podem surgir. Às vezes uma fraqueza muscular, nervos que foram machucados de alguma maneira ou até mesmo tendões costurados ou que não puderam ser reparados podem ser os responsáveis pelas dificuldades.

O papel do fisioterapeuta é identificar o que deve ser melhorado para que a pessoa volte a andar da maneira correta, sem se machucar ou criar vícios de movimentos errados que podem causar problemas no futuro.

Vai depender da intervenção sofrida e dos planos de treino do fisioterapeuta, mas o período sempre será inferior ao que se espera com o uso de uma bengala convencional. Casos como imobilizações prolongadas e cirurgias ortopédicas resolvem-se muito rapidamente, colocação de próteses internas vão precisar de um pouco mais de tempo para que a pessoa se adapte à nova articulação e as amputações exigem um trabalho bastante cuidadoso, com várias fases até a pessoa chegar ao ponto de andar apenas com o apoio da bengala, depois disso o tempo é praticamente o mesmo que o da pessoa que colocou uma prótese interna.

7. Perguntas sobre criança anda com os pés virados para dentro ou para fora

Essas posições dos pés são o que chamamos de torção femoral interna (pés virados pra dentro) e torção femoral externa (pés virados pra fora) e podem acontecer durante a gestação, sendo chamadas congênitas, ou quando a criança tem uma predisposição física pra isso e senta de maneira que ligamentos e tendões são forçados a adotar uma posição desfavorável por muito tempo repetidas vezes

Quando a criança senta em “W” o fêmur é forçado a virar para dentro, com o tempo essa posição vai entortando as pernas da criança e os pés passam a ficar virados pra dentro, sendo necessário fazer fisioterapia para corrigir. Já quando a criança senta de pernas cruzadas o fêmur gira para fora e os pés tendem a girar pra fora também, tipo pé de palhaço ou de bailarina.

Os feixes de luz da Bengala 4.0 podem ser projetados em diversas direções, de acordo com a necessidade e as características de cada pessoa. No caso das torções femorais, é indicado ajustar os feixes para que eles formem um corredor na frente da criança, com a distância ideal para que ela possa pisar com os pés retos sobre a linhas. Esse recurso, junto com um trabalho de fortalecimento e alongamento, vai ajudar a criança a corrigir o jeito de andar em casos menos complexos. Quando, porém, a torção for de nascença o médico precisará avaliar qual a melhor opção para o tratamento desta criança.

Quando o problema é postural o tempo será menor e vai depender de fatores como idade, o quanto a perna está torta, a adesão ao tratamento fisioterápico e de não voltar a sentar do jeito errado. Se for de nascença a necessidade de cirurgia, tração ou gesso vai determinar um outro tipo de conduta do fisioterapeuta e provavelmente será um pouco mais demorado.